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Cad. Bras. Ter. Ocup ; 30: e2992, 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1355953

RESUMO

Resumo Introdução Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) trabalham em condições de riscos ocupacionais e sobrecarga que podem causar adoecimento. Objetivos Avaliar a presença de estresse ocupacional e sintomas osteomusculares em Agentes Comunitários de Saúde e comparar os níveis de estresse ocupacional, segundo as características sociodemográficas. Método Estudo transversal, realizado em 2017, em um município do interior paulista. Foram utilizadas a Escala de Estresse no Trabalho e o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares. Resultados Participaram 44 ACS, sendo 70,5% do sexo feminino, 47,7% com 40 anos ou mais, 79,5% não exerciam outra atividade remunerada e 50,0% tinham de três a 10 anos de atuação profissional. Vinte e um (47,7%) profissionais apresentaram níveis importantes de estresse ocupacional (>2,5). Os principais fatores estressores foram: deficiência na divulgação de informações sobre decisões organizacionais (3,3;±1,1); deficiência nos treinamentos (3,4;±1,6); pouca valorização (3,2;±1,4); poucas perspectivas de crescimento na carreira (3,2;±1,6); discriminação/favoritismo no ambiente de trabalho (3,1;±1,5); falta de compreensão sobre as responsabilidades no trabalho (3,0;±1,5); tipo de controle (2,9;±1,1); forma como as tarefas são distribuídas (2,8;±1,4); realizar tarefas que estão além da capacidade (2,8;±1,2); falta de autonomia na execução do trabalho (2,7;±1,3); receber ordens contraditórias do superior (2,7;±1,4); tempo insuficiente para realizar o trabalho (2,7;±1,3). No último ano, 65,9% dos ACS referiram dor osteomuscular nas regiões lombar, 61,4% no pescoço, 47,7% nos ombros e 43,2% nos joelhos. Conclusão O estresse ocupacional e os sintomas osteomusculares são problemas presentes na prática laboral dos ACS, evidenciando que as organizações precisam incrementar recursos laborais para prevenir riscos psicossociais e amplificar a qualidade do trabalho destes profissionais.


Abstract Introduction Community health workers (CHWs) work under conditions of occupational risks and overload that can cause illness. Objectives To evaluate the presence of occupational stress and musculoskeletal symptoms in community health workers, and compare the levels of occupational stress, according to sociodemographic characteristics. Method Cross-sectional study, conducted in 2017, in a municipality in the interior of São Paulo state. The Work Stress Scale and the Nordic Musculoskeletal Questionnaire were used. Results Forty-four CHWs participated, 70.5% were female, 47.7% were 40 years old or older, 79.5% had no other paid activity and 50.0% had three to 10 years of professional experience. Twenty-one (47.7%) professionals presented important levels of occupational stress (>2.5). The main stressors were: deficiency in disclosure of information about organizational decisions (3.3;±1.1); deficiency in training (3.4;±1.6); little appreciation (3.2;±1.4); few prospects for career growth (3.2;±1.6); discrimination/favoritism in the work environment (3.1;±1.5); lack of understanding about job responsibilities (3.0; ±1.5); type of control (2.9;±1.1); how tasks are distributed (2.8;±1.4); performing tasks that are beyond one's capacity (2.8;±1.2); lack of autonomy in performing the work (2.7;±1.3); receiving contradictory orders from the superior (2.7;±1.4); insufficient time to perform the work (2.7;±1.3). In the last year, 65.9% of CHWs reported musculoskeletal pain in the lower back, 61.4% in the neck, 47.7% in the shoulders, and 43.2% in the knees. Conclusion Occupational stress and musculoskeletal symptoms are problems present in the CHWs' work practice, showing that organizations need to increase labor resources to prevent psychosocial risks and enhance the quality of work of these professionals.

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